
Al-Haytham
O método científico, baseado na experimentação, começou com
Abu Ali al-Hasan Ibn al-Haytham (965-1039), nascido em Basra, atual Iraque. No ocidente ele ficou conhecido como Alhazen. Em seus estudos de Ótica,
Kitab al-Manazir, traduzido para o latim como
Opticae thesaurus Alhazeni em 1270, no qual discute a teoria da reflexão, para provar que a luz viaja do objeto até o olho, proposto por Aristótoles, mas contrário do que havia sido proposto por Euclides e Ptolomeu (no Alamagesto), ele convidou pessoas a olhar fixamente para o Sol, e provou que quando se olha fixamente para o Sol, ele queima o olho, causando cegueira.

Roger Bacon
No fim do século XII seus textos foram traduzidos para o latim, levando o inglês
Roger Bacon (1214-1294) a publicar, em seu
Opus Majus, "Argumentos não removem a dúvida, de forma que a mente possa descansar na certeza do conhecimento da verdade, a menos que a encontre a experimentação".

William de Ockham
Um dos pilares do método científico é a chamada
Navalha de Ockham, ou Lei da Parcimônia, ou ainda Lâmina de Ockham, proposta pelo filósofo franciscano inglês William de Ockham (1285-1349), que afirma que quando existem várias formas de explicar algo, a certa é a mais simples. Esta proposta foi publicada em seu trabalho
Expositio aurea et admodum utilis super totam artem veterem:
- Frustra fit per plura, quod fieri potest per pauciora.
É desnecessário fazer com mais o que se pode fazer com menos.
- Essentia non sunt multiplicanda praeter necessitatem.
O essencial não deve ser multiplicado sem necessidade.
"Há um certo receio (...) de que algumas coisas não são feitas para serem conhecidas, que algumas inquirições são muito perigosas para os seres humanos. Todas as pesquisas acarretam algum elemento de risco. Não há garantia de que o universo se conforme a nossas predisposições. O melhor meio de evitar abusos e incompreensões de parte a parte é tornar o povo cientificamente informado a fim de que compreenda as implicações de tais investigações
Se a ciência for considerada um sacerdócio fechado, demasiado difícil e misterioso para compreensão de uma pessoa de cultura mediana, o perigo do desentendimento será maior. Se a ciência, porém, for um tópico de interesse e consideração geral, se seus encantos e conseqüências sociais forem discutidos com competência e regularidade nas escolas, na imprensa e à mesa de jantar, teremos aumentado as possibilidades de aprender como o mundo realmente é, para melhorarmos a ambos, a nós e a ele."
Carl E. Sagan (1934-1996)
Volta: Astronomia e Astrofísica © Kepler de Souza Oliveira Filho
Modificada em 16 Dez